1.3.10

Fragmento #01

Nem tudo o que se escuta de fato se absorve,
Nem tudo o que se come, de fato pode ser degustado,
Nem tudo o que se pensa, pode ser executado,
Nem tudo o que se sente, expressado.

Minha lista musical se altera a cada dia,
Minha letra, não anda saindo a mesma,
Minhas palavras atravessaram certas, pequenas fronteiras,
Meus olhares, já não sei mais por onde vagam,
Meus pensamentos, andam me deixando lapsos e surtos inversos e ansiosos,
Meus desejos, me traindo, de certa forma.

Mas nada se compara aos sonhos,
Aquele onde tudo de distorce,
Se inverte,
Se converte,
Se renova.

Nada mais vale do que uma boa viagem,
Não precisa ser tão longa,
Mas também, não vale ser tão curta,
Que seja de bom tamanho, em períodos confortáveis.
Que seja divertida e transmita certo suspiro,
Àqueles pulmões que tanto o necessitam.

Que seja feliz e construtivo,
Estes mesmos sonhos,
Para assim, logo ao amanhecer,
O incentivo de um dia proveitoso cresça,
E a idéia fixa de enforcar alguém suma.

Para assim, logo ao amanhecer,
As idéias fiquem firmes e criativas,
E a idéia de um sono profundo e interminável desapareça.

Para assim,
Logo ao amanhecer,
Eu possa recordar do último beijo da noite,
Aquele,
Que supostamente,
Fez meu humor melhorar,
E a idéia de enforcar alguém,
Ou de prolongar o sono,
Desapareçam, ambas, rapidamente,
E ao longo deste dia,
A mente volte ao seu normal,
Ora feliz, ora angustiada,
Mas sem seus longos e tenebrosos medos.


-Marina Queiroz

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