26.4.09

cinto e oito p.m

Ontem tive algumas boas surpresas, até que enfim, algo de diferente.
Acordei as 17:00hs, acabada, cansada, enfim...
Uma hora depois, mais ou menos, recebi a ligação, e compareci ao bar no momento marcado, com uma roupa que eu tinha posto em dez minutos, e lá estavam algumas pessoas, sim, pessoas chatas, fúteis e com cabeças menores do que algo que não me vem a cabeça agora, estava entediada, mau humorada, de saco cheio, até que uma hora enfim, reencontrei velhos amigos, dos tempos da escola, foi ótimo, conversamos durante horas, demos risadas, trocamos olhares e sorrisos que eu sentia falta há um tempo.
Logo após mais duas pessoas agradabilíssimas, que me fizeram sentir bem.

Se não fosse essa maldita dor de garganta estaria muito melhor, mas nada pode ser lindo a todo momento, por isso, nem vou dar tanta atenção à isso, mesmo porque, daqui algumas horas, duas para ser mais exata, estarei prestigiando um lindo sarau, sarau de amigos, conhecidos, loucos, minha atmosfera.

Há muito não postava, decidi por escrever mais um texto bobo, ao menos me sinto melhor, escrever sempre é bom, mesmo sendo esta bobagem.

6.4.09

Cegueira Bendita



Ando perdida nestes sonhos verdes

De ter nascido e não saber quem sou,

Ando ceguinha a tatear paredes

E nem ao menos sei quem me cegou!
Não vejo nada, tudo é morto e vago…

E a minha alma cega, ao abandono

Faz-me lembrar o nenúfar dum lago

´Stendendo as asas brancas cor do sonho…
Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo

E não ver nada nesse mar sem fundo,

Poetas meus irmãos, que triste sorte!…
E chamam-nos a nós Iluminados!

Pobres cegos sem culpas, sem pecados,

A sofrer pelos outros à morte!

Florbela Espanca

Dez e trinta e nove p.m.

Não quero.
Não estou.
Não falo.
Não escuto.
Não quero ver.


Tudo se esvai assim, de repente, como um dia após o outro, e o que nos sobra?
Isso depende, é claro, relativo como tudo na vida, neste caso, infelizmente (ou felizmente, não sei) nada sobrou, aliás, até sobrou, migalhas de algo que não consigo, não quero escrever, cúmulos de tolas palavras e pensamentos toscos, tudo isso sempre assombra, mas de repente esta intensidade me apareceu maior nesta noite. Não tenho nem ao menos uma estúpida reação, malditos nervos que congelam estes!
Estou cansada deste modo de sobreviver, sendo que há tanto ou quase nada a fazer, mas ainda sim há.
Estou cansada do modo como as pessoas absorvem e passam informações desnecessárias e inutilizáveis, cansada desta hipocrisia maldita.
Apenas cansada.



Espero recuperar logo este cansaço, aonde deixei meu cigarro?
¬¬