31.8.09

4: 42 p.m

Nada quando programado funciona de fato.
Amar é exatamente assim,
Mas se acho que sou programada,
Será que conseguirei amar?

Isso me entristece,
Ou não?

A verdade é que não sei se já amei,
Se estou de fato, amando.
Ou se virei a sentir tal sentimento algum dia..

Espero desprogramar certos cálculos aqui dentro,
Afinal,
Sendo ou não uma máquina,
Ando cada vez mais indecisa e insana.

30.8.09

Baú de Memórias, Vagas Memórias..

Abro meu baú de memórias,

À procura do eterno e perfeito conto de fadas que tanto é dito,

Procuro, investigo, chego a ter a ilusão de que finalmente o entrei.

E quando chego no ápice desta ilusão,

Vejo que se encontrava somente no meu inconsciente mesmo.

Ali, onde se localiza a parte mais linda de toda a nossa fantasia,

Vejo que este conto de fadas anda sendo escrito e contado de uma forma diferente,

Bem ilusória eu diria,

Vejo que os bons olhos duram eternamente, apaixonadamente,

Vejo que nada se acaba,

Pelo contrário,

É apenas iniciado.

Mas aonde será que está esse conto de fadas?

Este, vive fugindo de mim.

Vive escorregando por entre meus dedos, mesmo eles estando bem fechados...

Será que ele não vai me dar um final feliz?

Será que ao menos um pedacinho desta história tão feliz ele não vai me emprestar?

Acho que não.

Maldito baú.

Ele não quer se abrir,

E olha que já tentei fazê-lo de todas as formas, com todas as chaves que possuo.

É, acho que de fato os contos de fada permanecem nos baús,

Bem guardados,

Bem fechados,

Para que quando o ele resolva se abrir,

Todos que estiverem ao seu redor possam degustar uma linda história,

Ou quem sabe algum fragmento dela,

Para que assim,

Quando o baú se fechar,

Alguém possa ao menos sorrir,

E voltar a fantasiar.

Marina Queiroz

26.8.09

Flerte descrente, crente, diferente?

Um abraço?
Um beijo?
Um amasso?

Não, olhares, olhares e mais olhares.

Aquela fumaça do seu quinquagésimo cigarro,
Aquela sua camisa preta,
Seu all star velho e desbotado.

É, eu notei os menores detalhes,
Notei também que havia um misto de curiosidade e desejo em seu olhar?
Engano meu?
Ou de fato estávamos com as mesmas palavras na língua, na boca...

Seu olhar me perseguia,
Minha vontade,
Me consumia,
E eu,
Apenas te olhava,
Você me olhava,
E as palavras nada de sair,
O cigarro estava acabando,
O vento ia nos congelando,
Seu olhar pairava no meu olhar,
Minha respiração aos poucos se alterava.

Um barulho,
Som familiar,
É o sinal da próxima aula,
O relógio nem uma trégua nos dara.

E mais uma aula se fora.


Marina Queiroz

24.8.09

Futilidades #1


É, estou sem inspiração, mas convenhamos, é segunda-feira, estou morta de sono, e o tempo está especialmente perfeito para um chocolate quente e quilos e quilos de edredon.

Eu estava meio sem nada a fazer, e a internet me surtiu curiosa...

É, eu estou com uma fixação por Wayferers há um bom tempo, e de fato, eles são totalmente a minha cara.

Necessito de um, necessito!!
É claro que em Audrey Hepburn ficava absolutamente perfeito, mesmo porque, para uma boneca como ela, não há nada que fique ruim, fato.
Mas...por hora é isso.
Andei fuçando blogs alheios, que diga-se de passagem são interessantíssimos, e achei este blog sobre maquiagem e afins: http://pimpyourfacetoday.blogspot.com.
O blog é mara!!
Tem dicas e truques interessantíssimos, e a dona do blog é muito simpática, tem curso de maquiagem (senac), e entende muito sobre o assunto.
Para quem gosta de make!!
Bom, acho que esse foi mais ou menos o início da minha semana.

23.8.09

Toque

Torna-se mágico,
Em instantes,
Torna-se louco,
Em minutos,
Torna-se inevitável.


-somente com um olhar.


Sigo teus passos,
Através de um só movimento,
E quando menos percebo,
Me dou conta de que já estou em teu abraço.


-impossível resistir.


Há um certo desejo,
Em ambos os olhares,
Porém,
Há também um certo receio,
Em todos os olhares.


-mas estes mesmos olhares já não mais se escondem.


Pelo o contrário,
Tornam-se frequentes,
Longos,
Apaixonados,
Se transformam num beijo.

Marina Queiroz.

22.8.09

Cálice



Ela acordou na manhã de uma segunda-feira, totalmente descabelada, com vestes mínimas, se levantou, aliás, tentou fazê-lo, mas não pode, sua cabeça girava e doía demais, a dor aumentava conforme os movimentos que ela fazia. Mesmo assim, ela juntou todas as formas que lhe sobraram e apoiou os pés no chão, sentiu o mesmo gelado, e se dirigiu para o banheiro.

Ela não se lembrava da noite passada. Não se lembrava do que fizera. Aonde estava. O que fazia?

Se olhou no espelho e ficou admirada, sua maquiagem estava intocada, sua bijuteria que havia comprado no dia anterior estava em seu pescoço, ela tocou por um instante o imenso colar de pérolas que tanto gostara. Em seguida, olhou para a camisola que estava usando, na hora reconheceu que não era dela, e sim de um outro alguém, mas tinha ficado perfeita em seu corpo. Olhou seus cabelos que estavam loucamente descabelados e os arrumou, ou ao menos tentou deixá-los em seu devido lugar.

Na hora em que colocou a mão na maçaneta para abrir a porta, um medo a surpreendeu, pois ela não sabia aonde estava, não se lembrava de sujeito algum, de pessoa alguma.

Num instante de coragem ela abriu a porta ainda ressabiada, e olhou para a porta do quarto, foi quando avistou o lindo torso nu daquele homem de cabelos castanhos claros e de olhos de um verde que tirava toda e qualquer concentração dela. Este mesmo homem que ela se perdia agora deu um passo a frente, lhe estendendo a mão e oferecendo uma caneca um pouco velha com café quente, ela não se conteve e pegou a caneca encostando de leve seus dedos nos dele, dando um pequeno e tentador choque. Ela abaixou o olhar para a caneca, e tomou um gole daquele delicioso café. Ele a encarava. Ela tomava coragem para perguntar quem era aquele estranho. Ele agora fitava os cabelos dela. Ela, o olhava timidamente. Ele brincava com os cachos que insistiam em sair do lugar. Ela fitava sua boca. Ele abaixara seu queixo, ficando com os lábios próximos aos dela. Ela levantava seu rosto lentamente, esquecendo qualquer tipo de duvida que lhe atingira minutos atrás. Ele a beijou. Ela respondeu.

A pequena caneca, um pouco velha, com o café quente, foi depositada em cima da mesa de cabeceira, da cama dele.

E a manhã neste dia se tornou um pouco mais longa do que as outras manhãs comuns de uma segunda-feira.

Marina Queiroz.

Uma noite... no Vegas!!

Sexta-feira, acordando cedo mais uma vez, fone nos ouvidos, musiquinhas de rádio, mais uma manhã de trabalho, voltando exausta como sempre.
Tarde?
Quase não a vi passando, de tão rápido que fui, havíamos decidido pela Funhouse.
Eu praticamente voei para a produção, afinal tinha pré-aula na faculdade, e tinha que chegar mais cedo.
Corri para o banheiro, tomei um banho rápido, (por incrível que pareça), e depois a maior das dúvidas chegou; que roupa colocar.
É, eu sei que é algo bem fútil a se dizer, mas é terrível ser indecisa nessas horas, enfim, após uma longa e tenebrosa troca de blusas, fui me maquiar, fazer o cabelo, toda aquela rotina de todo dia.
Finalmente fui para a faculdade, cheguei atrasa para variar um pouco..., fiquei na sala por no máximo quinze minutos, quando fui informada de que a professora havia faltado, fiquei puta obviamente, mas fazer o que?
A alternativa a seguir era algo mais do que óbvio; bar, bar, bar...
Mesa pequena, mas com pessoas que gosto e aprecio muito, boa conversa, boas risadas, boas piadas, muito gostoso.
Mas ia entardecendo, e precisamos seguir nosso destino traçado da noite, ir para a Consolação, e lá fomos nós...
Descemos no metrô, e o frio me invadiu de uma forma absurda, aquele vento da Paulista mata. mas eu sinceramente não me preocupo muito com isso, rs.
Fomos procurar a tal Funhouse, e nada de encontrarmos, acabamos desistindo obviamente, e fomos, é claro, para a Augusta.
Descemos, descemos e descemos, até pararmos num bar, comprarmos uma cerveja e sentarmos na calçada para decidir qual seria o destino da noite, afinal, a Augusta nos proporciona opções mil.

Bebemos, conversamos, e decidimos optar pela tequila maravilhosa!!
Descemos mais um pouco, paramos em um outro bar, tomamos tequila, cerveja, e quando menos percebemos, estávamos bêbados, rs...
Não pensamos duas vezes, saímos do bar, andamos mais um pouco, e olhamos para o outro lado da calçada, algo surpreendeu! Estávamos na frente do Vegas, aquela entrada, aquela faixada dourada... Mais do que nunca se tornou muito, muito convidativa.
Não pensamos duas vezes e entramos.
Não me arrependi por nenhum momento se quer. Estava fantástico, toda aquela decoração, todo aquele lugar, as pessoas, e principalmente, a música eletrônica, que me invadiu rapidamente.
Fomos direto para a pista, dançamos enlouquecidamente, ainda tomados pelo álcool, mas estava divino, divertidíssimo.
Pessoas engraçadas, verdadeiras figuras lá, pessoas lindas, lindíssimas.
Me senti na verdadeira Babylon!!rs
Tantos homens bonitos..., ficando com outros homens ainda mais bonitos, é de fato frustrante. (risos)
Mas foi ótimo, foi mara!!
Saímos por volta das seis e meia da manhã, exaustos!
A padaria nos aguardava, tomamos café, e fomos para nossas respectivas casas.
Acordei ainda pouco, ainda cansada, mas felicíssima!
Arrasamos!!

20.8.09

Palavras Guardadas.

Se eu ao menos tivesse coragem,
Lhe chamaria para um café,
Se eu ao menos tivesse coragem,
Lhe convidaria para um breve bate-papo.


-minha timidez não permite fazê-lo.


Olha-me curioso,
Te olho intrigada,
Faz brincadeira com minhas palavras,
Sorrio, quando de mim a resposta some.


-quero lhe roubar um beijo.


Finalmente,
Caminhas a meu lado,
Olha-me intensamente,
E ao meio-fio,
Vai embora pela direção oposta.


-Boa noite!


(Marina Queiroz)

15.8.09

12: 11 a.m.

Semana calma,
Calma até demais...
As vezes faz bem ficar um tempo sem nada com o que se preocupar, sem nada a fazer, sem nada a pensar.
Me fez bem esta longa semana.
Tão bem que o cansaço me alcança.
Espero que o fim de semana ao menos seja mais agitado, mais curioso e interessante. Quero um copo de cerveja, quero te encontrar online no orkut, quero rir das suas frases engraçadas, quero olhar para o seu rosto quando ele sorri.
Estava com saudades de ver certas "cositas", certas pessoas, a hora chega, momentos nos surpreendem, é, essa foi a sexta-feira que eu achei que seria mais amena e chata, admito.


Guarda-roupa arrumado,
Cabelo descabelado,
Unha mal-feita,
Ligação eleita.
Sono.
Sono.
Sono.

Good Night.

9.8.09

Something

Preciso urgentemente tocar,
Olhar,
Afirmar [?],
Negar [?],
Entrar no escuro,
Sentir respirações ofegantes,
Paladares desconhecidos,
Olhares de curiosidade,
Invadindo minhas entranhas sem ao menos pedir licença,
E me deixando uma terrível sensação de querer mais,
De explorar mais,
Tudo isso pelo simples fato de que é insuportável permanecer estática.
Permanecer dentro de mim por tantas, horas, dias,
Sou viciada pelo novo,
Pelo desconhecido,
O tédio tende a me perseguir,
E eu,
Tento deixá-lo somente com a pobre fumaça.

--Nina Queiroz--