29.4.10

22:43

Supostamente éramos para ser somente amigos,
Quem sabe tomarmos sorvete uma vez ou outra,
Quem sabe, irmos ao cinema.

Supostamente deveríamos trocar confidências,
De um amigo para o outro,
Deveríamos dividir uma amizade.

Supostamente deveríamos dar conselhos a nossos amores platônicos,
E dividir nossas tristezas com amores errados,
Deveríamos ter feito isso. (risos)

Supostamente eu deveria ter olhado para algum amigo seu,
E você,
Deveria ter namorado outra menina.

De repente, me peguei pensando em você,
E notei seu olhar pairando sonhador.

De repente, notei que era em sua companhia que queria estar,
E que você me visitava com bastante frequência.

De repente, me flagrei imaginando seus lábios sobre os meus,
E você começou a me abraçar mais forte.

De repente, eu sorria só de pensar em você,
E seus telefonemas me visitam timidamente.

De repente, você estava deitado no meu colo,
E eu, sentada no sofá da sua casa.
De repente, começamos a namorar,
De repente, passamos a nos apaixonar de diferentes modos, todos os dias,
De repente, eu nem sei mais ficar sem você.

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De repente eu percebi que ando ultra, hiper, mega gay!! (litros de risos).
Nem da para explicar mais a origem dos textos, anda meio óbvio, meio 'chato' até, mas é que preciso de alguma forma escrever, e veio assim, veio desse jeito.
Período gay exagerado.....

28.4.10

Fotografia

-Volta logo! Já tirei muitas fotografias, vem...
Ela o olhava, deitada de bruços na cama, com a feição sonolenta.
-A última.
Ele dizia, preparando a câmera fotográfica para mais uma pose.
-Vem...
Ela pedia mais uma vez, o olhando terna.
Ele, a olhou, a fotografou, depois guardou a câmera, tomou um gole de café, e lhe disse:
-Não posso ficar, você bem sabe, tenho de ir, me aguardam.
-Cinco minutos. Ela lhe olhava com aqueles olhos profundos. Impossíveis de se negar.
Ele foi até a direção dela, e lhe deu um suave beijo. Ela continuava de bruços. Ele fez carinho em suas costas. Ela se virou e ficou a fitá-lo. Ele a beijou mais uma vez. Ela lhe tirou a gravata. Ele, nem se moveu. Ela, o beijou. Ele, se deitou ao lado dela, tirando os sapatos sociais. Ela, se aninhou nos braços dele.
Ele, imaginou mais uma fotografia.

25.4.10

A Verdade

Sonhos dourados,
Beijos trocados,
Amores formados.
Tudo de forma sublime,
Apaixonada,
De forma desejada.
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios.
Ainda sinto tudo pulsar,
Fecho os olhos e tudo faz relembrar,
Mal posso respirar.
Você, eu, corações a palpitar,
Beijos a trocar,
Saudades a deixar.
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios.
O suor escorre por suas costas largas,
Meus olhos assistem cada partícula que cai,
Meus dedos passam por entre elas, e tudo assim sai.
De forma louca e absurda,
Suave e delicada,
Seus lábios, meus lábios, naquela escura escada.
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios.
Nada mais consigo tocar,
Estou com a respiração a desejar,
E meus sentidos, continuam a mudar.
Sua voz continua a me provocar,
Minha pele, pulsa sem parar,
Meus lábios seguem a secar.
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios.
Quando me diz boa noite,
Sinto tudo acordar,
Olhos brilhando, olhos a procurar,
Meu todo,
Seu todo,
E o resto, a Deus dará,
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios.
Nada começa nem termina,
Nada sai de seu lugar.
Seu corpo no meu corpo,
Já não sei onde nem quando suspirar.
Absorvo teu íntimo,
Sem nada conseguir pronunciar,
Fecha seus olhos,
Sem palavras a ditar,
Trocamos confidências,
Sem os corpos conseguir desgrudar,
E o bom dia se aproxima,
Sem nos fazer aguardar.
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios,
Seus lábios, meus lábios...

24.4.10

Só porque eu lembrei...

Meu pilar se desmorona sozinho,
E eu ainda penso em você.

Meus pensamentos surtam,
E eu ainda penso em você.

Minha cabeça dói,
E eu ainda penso em você.

Esse jazz me deixa melancólica,
E eu ainda penso em você.

Lembro de algumas noites em que ficávamos sentados conversando,
Sem nenhuma intenção aparente,
Lembro que éramos amigos,
Amigos de todas as horas e de assuntos diversos.
Lembro ainda, que nos olhávamos querendo falar,
Mas as palavras escapuliam de nossos lábios,
Lembro que certas vezes não era necessário fazê-lo, nós nos entendíamos pelo olhar.
E hoje, olhando você deitado no meu colo,
Vieram lembranças e mais lembranças,
Foi engraçado, parece que faz tanto tempo,
Parece que foi há décadas,
E nem se passaram tantos anos desde lá.

As vezes me pergunto se é verdade,
Se é real.
Ou se estou criando.
Mas não, é de verdade.
Você estava deitado no meu colo hoje,
Você me fez cafuné,
E aguentou algumas das besteiras que insisto em dizer.
Sim, você está aqui.

Vai saber

Vivo intensidades e desastres,
Bebo do melhor vinho e de meu próprio veneno,
Não como,
Há muito...
Absorvo as paisagens mais atraentes e as mais errôneas,
Traço caminhos ao paraíso, mas quando menos percebo
Estou de volta ao purgatório.
Dou longos passos, correndo atrás do vento que nunca para.
Ou ao contrário, os encurteço, com medo de parar na primeira esquina errada.
E o caminho para a perfeição parece absurdamente tortuoso.
Mas finalmente parece que o alcanço, ainda que só por miragem.
Está de fato acontecendo?
Me belisco,
E não consigo sair daquele que eu pensei que fosse o chamado 'sonho'.
Me belisco novamente,
Já estou acordada,
Procuro meus óculos, não os encontro,
Entro em desespero,
Tudo some,
Minha visão embaça com uma velocidade assustadora.
Ainda possuo minha audição,
Mas está tudo tão longe, tão difícil de se escutar.
Temo.
Ainda possuo o tato,
Mas não consigo diferenciar o que toco.
Está tudo desfigurado,
Não consigo enxergar,
Me tira daqui!!
Pois já não sei diferenciar o sonho da realidade.
Pois o que está muito perfeito, temo desmorone.
E o que se encontra em bagunça e perdição, temo piore.
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Nem sei a exatidão do texto, foi saindo, automaticamente pode-se dizer. Foi bem estranho o que foi escrito, meio surreal, meio verdade, meio sem saber, meio sem querer, sei lá.
Baixou uma bad estranha, e do nada (o que é ainda pior), whatever...

19.4.10

18:56


Conversas apimentadas.
Pensamentos voando se leste a oeste com a velocidade da luz.
Vontades brotando alucinadamente.
Desejos se intensificando.
E a vontade de dançar alcançando cada vez mais.
Vontade de "aprontar".
Vontade de fazer acontecer, um algo ainda não sólido.
Um "não sei o quê".
Conter um pouco as rosadas que estão aparecendo loucamente.
E parar de morder o lábio inferior.
Ansiedade, ansiedade!!
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Fim de semana bom!!
Há um tempinho não estava tão animada em plena segunda-feira, ainda bem que as coisas mudam (inclusive meu humor¬¬), mas dane-se, hoje é hoje, e será divertido, até as 23:59, ao menos.
Véspera de feriado sendo aguardada com ansiedade!

3.4.10

Cantada

"...Depois de ter você
Para que querer saber,
Que horas são?..."


Só depois ela se recordou que não estava cantando o que tanto havia ensaiado, isso não era rock´n´roll, era uma música brasileira, que ela conhecia pouco, mas que tanto gostava.
Por que não o esquecia?
Por que?
Não! Agora era hora de se concentrar em sua guitarra e seus arranjos, não poderia ficar ali pensando em besteiras o tempo todo.

"...Depois de ter você,
Poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas..."



Seus dedos dedilhavam sozinhos,
E nada mais fazia sentido neste momento.
Ela o queria, e o desejava demais.
Além do imaginado um dia.
Estava aborrecida.
E dedilhou mais alguns versos da música de sua banda, mas nada se encaixava, nada a inspirava, seus anseios eram outros, suas vontades, andavam falhas, e seus projetos, despencavam com uma velocidade absurda.
Ela o queria.
"...Se é noite ou faz calor,
Se estamos no verão,
Se o sol virar ou não,
Ou para que é que serve uma canção,
Como está?..."


Ela resolveu então, largar a guitarra, deixar o estúdio, e descer aqueles íngremes degraus, com o celular na mão. Ao chegar na calçada, começou a andar de um lado para o outro, sem saber exato o que fazer, qual número discar.
Seu coração palpitava, e ela, resolveu fazê-lo.
Primeiro toque.
Segundo toque.
Tercei...
Ele atendera. Ela, quase desesperada o convidou para um café rápido, antes do ensaio, ele, disse que estava ocupado, teria dez minutos no máximo, ela desistiu e ia se despedir, quando olhou para o outro lado da calçada e enxergou o que tanto desejava: ele.
Desligou o celular lentamente, sentindo-se corar, e o olhou, com timidez absurda.
Ele sorriu, atravessou a rua, e a abraçou, sem palavras, sem sons.
Subiram os degraus íngremes, de mãos dadas, e ele a observou muito de perto, quando entraram no pequeno e singelo estúdio. Ela ia pegar a guitarra, ele a deteve, e a encostou na parede. Ela se movia com ele, para ele. Ele, a beijou.
E a tarde se seguiu contente e extasiada.

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Trechos da música "Cantada"- Adriana Calcanhoto.

1° de Abril?



Que história ridícula é essa?
De dia da mentira?
De dia não sei do quê?

Todos me olham com acusação,
Todos me olham com mais atenção,
Outros,
Apenas frustração.

Que história ridícula é essa?
De dia da mentira?
De achar que EU, irei fazê-lo.

Não preciso de um dia específico para isso,
Sinceramente?
Não mesmo.
Preciso apenas de um início.

Pronto, está feito.
Menti uma vez mais,
Para aquele tão lindo broto que me olhava,
Que me tentava.
Não resisti,
Está falado,
Menti,
Não cito o culpado.
Menti,
Beijei,
Me aproveitei,
Falei,
Troquei.
Desculpem pela honestidade,
Mas não haviam opções,
Ou seria assim,
Ou,
Assim mesmo.
Sem coração?
Eu?
Não.
Muito pelo contrário.
Coração grande,
Capaz de suportar de tudo,
Com todos,
De tudo,
Para todos.
É, o dia da mentira dura mais de 24 horas.