4.12.12

19:42 (desabafo)

O que é medo pra você?
Por que todas essas questões?
Por que todo esse receio?

As vezes tento entender as pessoas que se privam de sentir e eu meio que entendo o que elas guardam.
Toda essa coisa chamada sentimento, amor, são todas tão confusas que quase matam meu corpo e mente.
Nada faz sentido ou parece ter nexo, tudo fica confuso, tudo fica fora da linha e o coração adoece com isso.

Tento pensar que não sentir essas coisas tornam as pessoas vazias, mas será que da pra aguentar durante tanto tempo esses tantos sentimentos e pensamentos?

As dúvidas assombram quase que todo o momento e isso é desesperador, mas descubro também, que possuo um lado masoquista, ou ao menos parece que o tenho.

Como controlar??

19.11.12

Retorno?!

Será que voltando pra cá consigo novamente me encontrar?

A rotina de sábado para cá é simples,
Acordar,
Ocupar cabeça e corpo com obrigações,
Chorar,
Novamente me ocupar com obrigações,
Fazer algo que ocupe a mente,
Tipo internet ou leitura,
Simultaneamente chorar,
Lembrar,
Chorar novamente,
Assistir exaustivamente televisão,
Chorar,
Dormir.

Parece que há uma maldita torneira ligada dentro de mim, não sei como consigo eliminar tanta água em um só dia. É frustrante.

Creio que já imaginava como seria, mas não imaginei que fosse ser assim. A parte negativa que estava controlada voltou com força total, acho que era de se esperar.

Pensamentos vem e vão em segundos, e o humor muda junto com eles, uma chatice só.


O segredo é parar de pensar tanto, mas será que é possível?

21.2.12

Primeiro 2012

Dizer,
Pensar,
Explicar,
Distinguir...

Acordei com vontade de fazer o que?
Falar com quem?

Na verdade, tudo isso, este Carnaval, anda um tédio só.
Nada de animado, novo, nenhum passeio, nenhuma feição nova, somente a minha casa mesmo, tanto de dia, quanto a tarde e a noite.
Quase aprendi a sentir a respiração dela, e me agoniei cada vez mais com isso.
As teclas do computador já estão de saco cheio de minhas digitais, e a televisão, nada me fornece, como sempre.
O aparelho de DVD reclama os filmes deprê que ando assistindo, isso para quê?
Não sei responder ao certo, sei que tenho medo da dependência de algumas coisas, isso me arremata deveras.
Sei também, que esta primeira postagem esta uma merda e que muito provavelmente eu deveria ter começado o ano com algo interessante, proveitoso. Meses e meses afastada daqui, e estou voltando sem um texto digno, mas é que anda tão difícil guardar tudo, e este lugar me compreende tão bem...
Pretendo voltar para não mais deixá-lo, isso aqui guarda tantas lembranças, tantos momentos, não da pra deixar assim, simplesmente assim...

A maior questão é: estou mesmo ficando chata, ou tudo isso que penso tem certo fundamento?

É isso.

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A um livro

No silêncio de cinzas do meu Ser
Agita-se uma sombra de cipreste,
Sombra roubada ao livro que ando a ler,
A esse livro de mágoas que me deste.

Estranho livro aquele que escreveste,
Artista da saudade e do sofrer!
Estranho livro aquele que me puseste
Tudo o que eu sinto, sem poder dizer!

Leio-o, e folheio, assim toda a minh'alma!
O livro que me deste é meu, e salma
As orações que choro e rio e canto!...

Poeta igual a mim, ai quem me dera
Dizer o que tu dizes!... Quem soubera
Velar a minha Dor desse teu manto!...


Florbela Espanca

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Assim que abri o livro de sonetos dela, dei de cara com esse, e sabia que tinha de pô-lo aqui.
E esta feito.
Bom início de ano a nós, novamente unidos aqui.
E e meus textos, meus textos e eu. Tudo um tanto quanto desconexo.