19.10.10

Memories


Hoje resolvi abrir meu baú...
Encontrei uma antiga boneca de pano, sempre dormia com ela, me sentia tão bem em seu aconchego, me lembrei das melhores noites de sono que já tive.
Também vi uma revista de desenhos, eu perdia horas pintando cada um deles com canetinha, giz de cera, lápis de cor, horas de pura viagem de mim mesma.
Encontrei o primeiro cartão de aniversário que um alguém muito especial me deu, com a foto de nossos pés juntos, meus all star e seus tênis (risos), e automaticamente voltei para aquele dia.
Depois disso, eu me lembrei de alguém que para sempre vai viver dentro de mim, e sem conseguir me conter, algumas lágrimas de saudade caíram sem meu consentimento, e uma melancolia absurda me tomou.
Mais tarde, neste mesmo dia, eu estava conversando e invadindo o olhar que eu tanto gosto, quando mais uma vez, a imagem de um passado recente me veio, e acabou mais cedo com a minha noite..
Tenho plena consciência de que as memórias jamais irão embora, nem eu quero ficar sem elas, mas é que a saudade é algo incontrolável, é algo que faz com que toda sua sanidade se perca, te deixando sozinha, em mil pedaços.
Eu não quero me acostumar à isso, mas ainda é recente, ainda é próximo demais, ainda me fere muito, mas eu ei de superar, ei de encontrar uma luz maior, a presença já me consola, preciso apenas do resto de minha mente.
Ainda sim sou uma feliz, muito feliz (apesar de estressada) mortal.
Ainda sim, eu sei amar, eu sei transformar algumas coisas em trapalhadas, e consigo gargalhar.
Ainda sim, eu sei respirar.

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