14.11.09

Armação alheia?

Eles vivem me dizendo o que devo dizer,
Eles vivem me dizendo o que devo fazer,
Eles vivem me dizendo como devo me portar,
Como devo conversar,
Até mesmo, o modo como devo olhar.

Eles só me esquecem de dizer o que não posso pensar,
Ou o que penso em falar,
Ou como eu não posso agir longe de toda essa palhaçada.

Mal sabem eles, que por trás de tudo isso, estou armando a maior bagunça,
Para acabar com todos esses malditos da sociedade,
Que para mim,
Não passam de uns alheios, sem emoção na vida, envelhecendo dia após dia,
E eu,
Eu só dou risada das tolas e estúpidas atitudes,
Mal sabem eles que não acordarão no dia seguinte,
Não irão degustar o café da manhã requintado de todo dia,
Não irão dirigir seus carros caros e finos,
Não irão sentar em frente ao computador de última geração que está sobre a mesa de escritório de madeira fina.
Não irão!!!

E eu?
Eu continuo aqui,
A rir destes tolos,
Continuo a rir da falta de dinheiro,
Do excesso de cerveja,
Da criatividade que anda aflorada,
Das longas conversas,
Dos bate-papos de sacanagem,
Das risadas encantadoras,
E das luzes da cidade, que eu pensei que não se acabavam,
Mas que me pegaram de surpresa um dia desses...



-Marina Queiroz

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