6.4.09

Dez e trinta e nove p.m.

Não quero.
Não estou.
Não falo.
Não escuto.
Não quero ver.


Tudo se esvai assim, de repente, como um dia após o outro, e o que nos sobra?
Isso depende, é claro, relativo como tudo na vida, neste caso, infelizmente (ou felizmente, não sei) nada sobrou, aliás, até sobrou, migalhas de algo que não consigo, não quero escrever, cúmulos de tolas palavras e pensamentos toscos, tudo isso sempre assombra, mas de repente esta intensidade me apareceu maior nesta noite. Não tenho nem ao menos uma estúpida reação, malditos nervos que congelam estes!
Estou cansada deste modo de sobreviver, sendo que há tanto ou quase nada a fazer, mas ainda sim há.
Estou cansada do modo como as pessoas absorvem e passam informações desnecessárias e inutilizáveis, cansada desta hipocrisia maldita.
Apenas cansada.



Espero recuperar logo este cansaço, aonde deixei meu cigarro?
¬¬

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