27.5.10

Refúgio


Existe um lugar, onde as borboletas que ficam no estômago aparecem, sem medo de ser perseguidas.
Existe um lugar, onde se pode aninhar a cabeça, e o verbo pensar passa a ter outro sentido.
Existe um lugar, onde as formas do corpo passam a ter todo ou nenhum significado, ainda sim, este, fica bonito independente do ângulo que se visualiza.
Existe um lugar onde as palavras podem ou não serem pronunciadas, pois a essência delas está no ar, que hora gela, ora esquenta.
E todas as estações, lá estão acomodadas, de forma simples e brilhante.
E quando se para, somente para vislumbrar, percebe-se que os olhos estão fechados, e que mesmo se pensando que está a imaginar.
O real está bem em frente, se aproximando lentamente, trazendo consigo anseios e desejos, palavras e pensamentos, toda a essência de um lugar.
Não se recorda nem nome, nem localização exata, são guardadas as memórias, somente as memórias e o cheiro, de um tudo, um nada...

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