31.5.10

Estrada

Parada no meio da estrada,
Já nem sabia mais o que fazer.
O automóvel, que outrora fizera sucesso,
Já não tinha mais combustível,
E eu,
Sozinha no meio da estrada,
Nada podia fazer.

Abri a porta, saí, olhei,
Nada,
Absolutamente sozinha.

Entrei no automóvel novamente,
Liguei o rádio de pilha que estava no porta-luvas e comecei a escutar aquele velho trote,
Que um dia,
Fora moda.

Me acomodei no banco traseiro,
Cruzei as pernas,
Encostando os pés na janela,
Fechei os olhos,
E deixei a nostalgia me levar...

Me lembrei de uma cena que não fazia muito tempo, acontecera comigo.
E um sorriso de repente, invadiu meus lábios.
Não conseguia esquecer.
Papai quase me matara. (risos)

Mas foi sem culpa que resolvi fugir,
Fugir para vê-lo,
Ao menos no fim de semana.

Mas agora, cá estou.
Na estrada.
Sozinha.
Com esta música que tanto me agrada.

Me lembrando na noite passada,
Onde eu não sabia diferenciar o meu corpo do seu,
Os seus olhos dos meus,
O palpitar de dois corações loucamente vivos.

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