Andam me questionando a respeito da droga que uso.
Para que responder?
Para que tentar adivinhar?
Não, eu não divido. Aliás, estávamos falando sobre o que mesmo?
Grito! Grito! Grito!
O corredor continua oco, sem formas certas.
Minha visão está nublando aos poucos.
ALGUÉM? Arrisco mais uma vez.
Sentada no piso frio, fico olhando o frasco vazio que escorrega por meus dedos finos e gélidos.
Começo a observar a forma engraçada como ele se move.
Por que me chamam de maluca?
Nada em mim é normal, é isso?
Tolos...eu sempre soube!
Não é necessário me alertar.
E outra...Estamos falando sobre o que mesmo?
Já me esqueci.
Mas calma, não sou assim tão esquecida, são pequenos lapsos, logo, logo estarei de volta, e prometo lembrar de tudo.
Será que estou enlouquecendo, meu Deus?
Não, não estou. É que este frasco não para de se mover e suas cores alternam com uma rapidez absurda, deixando meu cérebro confuso, meus olhos sem direção.
Droga! Preciso dormir.
Mas minhas pupilas não me deixam.
Farei uma última tentativa.
ALGUÉM?
Por que não há resposta?
MORRI!
Nada ainda...
Acho que estou perdida mesmo.
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