31.5.10
Estrada
O automóvel, que outrora fizera sucesso,
Já não tinha mais combustível,
E eu,
Sozinha no meio da estrada,
Nada podia fazer.
Abri a porta, saí, olhei,
Nada,
Absolutamente sozinha.
Entrei no automóvel novamente,
Liguei o rádio de pilha que estava no porta-luvas e comecei a escutar aquele velho trote,
Que um dia,
Fora moda.
Me acomodei no banco traseiro,
Cruzei as pernas,
Encostando os pés na janela,
Fechei os olhos,
E deixei a nostalgia me levar...
Me lembrei de uma cena que não fazia muito tempo, acontecera comigo.
E um sorriso de repente, invadiu meus lábios.
Não conseguia esquecer.
Papai quase me matara. (risos)
Mas foi sem culpa que resolvi fugir,
Fugir para vê-lo,
Ao menos no fim de semana.
Mas agora, cá estou.
Na estrada.
Sozinha.
Com esta música que tanto me agrada.
Me lembrando na noite passada,
Onde eu não sabia diferenciar o meu corpo do seu,
Os seus olhos dos meus,
O palpitar de dois corações loucamente vivos.
28.5.10
23:32 may
27.5.10
Refúgio
20.5.10
-Mas a minha namorada é ciumenta, e outra, vai ser foda depois...
-Vai rolar aquela coisinha chamada culpa na consciência, é isso?
-Sei lá, se é assim que você prefere chamar, tudo bem.
-Não quer mais então?
-Não é isso...
-Aha...acho que entendi.
-Hã?
-Me da um medo, que medo..., você me mandou essa música uma vez. Ela cantarolou.
-Faz tanto tempo, você ainda lembra.
-Lembro, lembro sim. E olhou para ele, apaixonada e curiosa.
-Não faz assim, eu namoro agora, não posso.
-Não vou mais insistir então, se é assim que você quer.
Ela se virou lentamente, um pouco desapontada, e começou a caminhar.
Menos de dois segundos depois, ela sentiu um aperto de leve na cintura, e se virou. Sem tempo de responder, foi invadida pelo beijo que agora, ele lhe dava, sem culpas ou pensamentos a mais.
-Mas e a sua namorada? Ela disse tentando recuperar o fôlego.
-Está no curso, e volta mais tarde.
-E a culpa?
-Que culpa?
Ela sorriu. E o beijou.
Ele, respondeu sem dúvidas.
E a tarde passou mais rápido, mais apaixonada, mais escondida.
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Brincadeiras geram inspirações, risadas e outras coisas.
Porque eu precisava escrever algo, sim soa um pouco bobo demais este, mas não me preocupo.
E sim, porque eu lembrei de suas brincadeiras e risadas que tanto me divertem.
15.5.10
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14.5.10
Esqueci, esquecer.
Andam me questionando a respeito da droga que uso.
Para que responder?
Para que tentar adivinhar?
Não, eu não divido. Aliás, estávamos falando sobre o que mesmo?
Grito! Grito! Grito!
O corredor continua oco, sem formas certas.
Minha visão está nublando aos poucos.
ALGUÉM? Arrisco mais uma vez.
Sentada no piso frio, fico olhando o frasco vazio que escorrega por meus dedos finos e gélidos.
Começo a observar a forma engraçada como ele se move.
Por que me chamam de maluca?
Nada em mim é normal, é isso?
Tolos...eu sempre soube!
Não é necessário me alertar.
E outra...Estamos falando sobre o que mesmo?
Já me esqueci.
Mas calma, não sou assim tão esquecida, são pequenos lapsos, logo, logo estarei de volta, e prometo lembrar de tudo.
Será que estou enlouquecendo, meu Deus?
Não, não estou. É que este frasco não para de se mover e suas cores alternam com uma rapidez absurda, deixando meu cérebro confuso, meus olhos sem direção.
Droga! Preciso dormir.
Mas minhas pupilas não me deixam.
Farei uma última tentativa.
ALGUÉM?
Por que não há resposta?
MORRI!
Nada ainda...
Acho que estou perdida mesmo.
12.5.10
Casulo
Um quarto.
Um banheiro.
Uma cama.
Dois corpos.
Já não cabia pensar.