- Vem, eu te dou uma carona!
- Não precisa, o ônibus já está chegando.
- Que nada, ainda vai demorar pelo menos uns quinze minutos!
Ela observava aquele olhar esperançoso com o coração palpitando feito louco, sem conseguir parar.
- Que nada, ja já chega, esse é rápido.
- Quando você vai parar de ser teimosa e medrosa e aceitar minha carona?
Ela sorriu sem se conter.
- Peraí, teimosa tudo bem, mas medrosa? Jamais, não tenho medo de nada, apenas quero esperar o ônibus.
- Vem logo, vai... Não custa nada medrosinha, juro que vou devagar.
- Já disse que não sou medrosa.
Ele havia decidido desafiá-la.
- Só um pouquinho admita, mas vou devagar, não se preocupa, além do mais, estaremos de capacete.
- O ônibus está chegando.
- Vai medrosinha, vem comigo.
Ela havia mudado sua expressão.
-Medrosa, você estará em casa em dez minutos.
Num segundo, ela pegou o capacete das mãos dele, acomodou-se na garupa da moto e segurou levemente na cintura dele.
- Não sou medrosa.
Ele pensou consigo; primeiro passo dado.
- Eu sei.
E saiu sorrindo, havia ganhado a tarde.
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