Estavam os dois,
Nos degraus escuros,
Daquela fria escada.
Ele,
Começa a toca-lá,
Ela,
O fitava abrindo um sorriso.
Ele,
Invadia o corpo dela com as pontas dos dedos,
Ela,
Fechava os olhos devagar.
Ele,
Desabotoava o botão da calça dela,
Ela,
O tocava no alto das pernas.
Ele,
Baixava o zíper da calça dela,
Ela,
Ainda o tocava, com os olhos fechados.
Ele,
Percorria os dedos até o íntimo dela,
Ela,
Controlava a respiração,
Ou tentava fazê-lo.
Ele,
Tirava delicadamente a calça dela,
Ela,
Tirava delicadamente a camisa dele.
Ele,
A possuía com mil palavras e olhares de amor,
Ela,
O beijava em resposta.
Ele,
Continuava a possuí-la,
Ela,
Mal respirando, esboçava sorrisos.
Ele,
Transformava aqueles dois corpos,
Ela,
Ofegava, chegava a gemer de delírios.
Ele,
A beijava com prazer,
Ela,
Sorria para ele.
Ele,
Suava e respirava alto,
Ela,
Já não sabia mais aonde estava.
E o êxtase veio,
Olhos fechados,
Sons abafados,
Corpos suados,
Pensamentos acalorados...
E na janela daquele andar,
Escorriam pequenas gotas daquele louco suor,
Nos degraus escuros,
Daquela calorosa escada.
-Marina Queiroz
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Depois da majestosa chuva, que eu tomei, diga-se de passagem, afloraram algumas palavras, aí, saiu algo assim...
Ou será que foi a realidade?
Já não me recordo, não conto. (risos)
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