Eu juro que tento entender certos paradoxos,
Alcançar um fio e ir puxando calmamente, à procura de mais uma pista,
Revelar o que de fato minha cabeça está a pensar,
Esquecer o pesadelo,
Caminhar entre as calçadas molhadas observando cada gota de chuva que cai,
Em seus diferentes lugares, com calma, com raiva, com melancolia.
Eu juro que tento acordar no horário, mas o botão do soneca pisca de forma encantadora,
E sempre acabo me atrasando alguns minutinhos,
Estou com uma ansiedade absurda, chego a temê-la ainda mais em alguns dias específicos,
Inda sim, quero que meu coração dispare mais algumas vezes, por que não?
Eu juro que tento não observar o modo como as pessoas se vestem ou se portam,
Mas torna-se impossível,
Pois esse é um dos mais divertidos passatempos,
E eu me divirto com a reação humana, o calor humano é intenso, intenso demais...
Evito certas palavras,
E juro ainda que quero me controlar com a fala, tagarelar é horrível!
Mas anda difícil, as vezes faz-se necessário ao ouvinte algumas delas.
Os meus olhos até que andam com visões interessantes,
Apesar do metrô lotado todas as manhãs,
Ainda terei de me acostumar com isso,
Mas pessoas são de fato seres estranhos, em todo seu mundo divertido e amargo,
Em todas suas emoções ardentes e secretas,
Em toda essa atmosfera dramática criada.
Ainda sim somos pessoas, somos seres. [somos?]
Ainda sim sentimos, cativamos.
Ainda sim enlouquecemos, amamos.
Ainda sim, existimos.
Por quanto tempo?
Eu já não sei mais.
Por que?
Me instigo à isso todo momento.
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Quase um mês sem escrever, textos que iam e viam, e eu nada. Os dedos estavam congelando perante o teclado, mas está aí, ao menos um pouco, um pedaço de uma perdição talvez [?], algo do gênero.
Nada de muito novo, a não ser acelerações estranhas no coração, e pensamentos mil, que talvez eu venha a revelar em próximos textos, ou não.
Enfim, final de uma semana que passou relativamente rápida, vontade de alguma coisa...
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