Um quarto,
Um pequeno quarto,
Três amigas,
Pequenas confissões,
E alguns, muitos olhares divertidos e maliciosos.
Cecília, a mais espoleta, iniciou a conversa:
- Como sei que vocês duas não terão coragem suficiente, eu o farei. Confesso que traí meu namorado com Rafael, o novo aluno da escola, e confesso ainda, que não estou arrependida, Rafael é um terrível e criativo pecado_ E riu graciosamente.
- Confesso, que...que, sei que não deveria estar falando, mas preciso desabafar. Confesso que fui cúmplice no acidente de Maria Fernanda, sim, eu a detestava, e foi divertido_ Disse Carolina, abaixando a cabeça lentamente.
Cecília riu, e olhou para a amiga com certo orgulho, divertida.
Anita, que as observava devagar, ia tomando coragem aos poucos, respirando um tanto acelerada, e Cecília sem aguentar, disse:
- Vamos Anita, coragem!
- Matei um cara!
Cecília e Maria Fernanda se olharam, sem saber o que falar, ou como agir.
-É, eu matei um homem, um moço, um cara, como queiram dizer, matei, pronto, está falado, confessado.
-Quem?_ Perguntou Maria Fernanda.
-Meu noivo. Depois de três meses de traições consecutivas, por parte dele, cansei de enganá-lo, foi mais fácil assim, ele, me traia, mas queria casar da mesma forma, e eu, apaixonada pelo forasteiro, não queria saber de casar, quero saber de algo novo, e o forasteiro, além de ser poeta, ainda toca violão_ e suspirou lentamente.
Cecília começou a rir, feito insana, e deu os parabéns a Anita, Maria Fernanda a olhava bestificada, com muito receio, e Anita, começou a rir, e por fim, disse:
- Tolas, não matei ninguém, e nem pretendo fazê-lo, confesso apenas, que no cair da noite de hoje, irei fugir com o forasteiro poeta e que toca violão.
E assim, andou até seu armário aos risos, Cecília colocou a música francesa da moda, na vitrola, e Maria Fernanda, pegou a mala, e a ajuda para com Anita começou, afinal, amigas, confissões, e fugas, são para, quase, a vida toda.
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