À procura do eterno e perfeito conto de fadas que tanto é dito,
Procuro, investigo, chego a ter a ilusão de que finalmente o entrei.
E quando chego no ápice desta ilusão,
Vejo que se encontrava somente no meu inconsciente mesmo.
Ali, onde se localiza a parte mais linda de toda a nossa fantasia,
Vejo que este conto de fadas anda sendo escrito e contado de uma forma diferente,
Bem ilusória eu diria,
Vejo que os bons olhos duram eternamente, apaixonadamente,
Vejo que nada se acaba,
Pelo contrário,
É apenas iniciado.
Mas aonde será que está esse conto de fadas?
Este, vive fugindo de mim.
Vive escorregando por entre meus dedos, mesmo eles estando bem fechados...
Será que ele não vai me dar um final feliz?
Será que ao menos um pedacinho desta história tão feliz ele não vai me emprestar?
Acho que não.
Maldito baú.
Ele não quer se abrir,
E olha que já tentei fazê-lo de todas as formas, com todas as chaves que possuo.
É, acho que de fato os contos de fada permanecem nos baús,
Bem guardados,
Bem fechados,
Para que quando o ele resolva se abrir,
Todos que estiverem ao seu redor possam degustar uma linda história,
Ou quem sabe algum fragmento dela,
Para que assim,
Quando o baú se fechar,
Alguém possa ao menos sorrir,
E voltar a fantasiar.
Marina Queiroz
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